SONETO DO TREM

Na triste e longa estrada de ferro
O trem é maria fumaça a desfilar.
Em seu caminhar torto e reto,
Carrega nas costas o vicio de fumar!

Por onde vai passando espalha o vento,
Recolhe as lembranças de quem partiu,
Repousa seu peso imenso nas asas sem alento
Daqueles que ficaram, daqueles que não viu...

No ar resta o silvo saudoso do apito
Marcando o momento certo do sonhar,
E entre todas as saudades do pensamento,

Invade por todos os poros do coração aflito,
Lágrimas que rolam no rosto à mil
Daqueles que nessa vida não conseguem amar!
Ricardo Mascarenhas
Enviado por Ricardo Mascarenhas em 10/01/2012
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