SONETO MEIO SACRO
Queria ser monge, padre ou um santo.
Porque o amor só me trouxe desencanto.
Dizem-me que esse amar é um pecado,
Mas por que não me sinto algo culpado?
Alguns santos perdem-se na mundana vida
E as trevas lhes dão o braço e pronta acolhida.
O sábio busca as suas nobres verdades na luz
E mais de um justo no mundo pereceu na cruz.
Sem graça e nenhuma mácula,
Quem me dera ter me enlameado...
Ao permanecer com o sorriso da estátua,
Pela dor imaculada e mortífera fui tragado.
Deus guarde os monges, santos e párocos.
Eu prefiro ser bom e muito amado.