Alquimia do Verbo
Árduas ruas nuas fechadas suas luas
Feras de esferas eras esperas sinceras
Fato relato ao ato exato que continuas
Viste o que existe resiste às megeras.
Pele revele e vele pela amada
Aquele estro monstro da vil madeira
No chão o caixão dessa triste maneira
Lágrimas últimas da minha namorada.
Muitas faces de enlaces lassos tristes
Só na memória existe a dor que persiste
Glória ancestral da espectral mulher.
Rimbaud na poesia um mestre ímpar
Veio no verso imortal o estro reparar
Pouca idade, muita poesia de sommelier.
Obs. Dedicado a todos os poetas que lendo Rimbaud entenderam que era ali o ponto de partida para a nova poesia de todos os que a amam e assim sendo amam Rimbaud e sua poesia ímpar.