CONTEMPLAÇÃO
Fagner Roberto Sitta da Silva
Quando pequeno eu sempre me pegava
debruçado em meus poucos devaneios
olhando para o céu dos meus anseios
contidos numa nuvem que passava.
Mas se os avós deixassem eu ficava
ali na velha escada com alheios
sonhos ouvindo os lépidos gorjeios
da passarada que pelo ar flanava...
Nessas horas sozinhas eu nutria
apenas meus humildes sonhos, planos
de criança, da minha fantasia.
E hoje me pego, por alguns segundos,
olhando os céus dos muitos desenganos,
não aquele onde via belos mundos...
Garça (SP), 10 de janeiro de 2012.