Indigna de Louvor

O herege traz na fronte, e leva no peito, estampida

A devoção ao Imaculado, antes de sua fúnebre tocha

Para livrar-se dos infernos, que terá sua alma mocha

Por encarnada blasfemar, com sua língua destemida.

E nesse mundo imundo, em que o poder é favorável

A quem de fora da arena, sem pena, empalha o justo

E debocha de donzelas, e Madalenas a qualquer custo

Custará caro, a sua intenção, seu sentido deplorável.

E lá do Assento Etéreo, Deus, dos idólatras se esguia

Ri do riso de um ateu, um pobre incrédulo da heresia

E mantém os braços erguidos de um Cristo Redentor.

E como é fétido, o escárnio, desse pútrido canalha

Cuja a alma, envergonhada, sairá da sua mortalha

A implorar a Deus, perdão, sendo indigna de louvor.

HELDER C ROCHA
Enviado por HELDER C ROCHA em 09/01/2012
Reeditado em 16/03/2021
Código do texto: T3429959
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