Cálice das Dúvidas
Assim que teu manto tão negro
Envolve-me nas lembranças mais obscuras
Oh noite! Saudar-te-ei no desapego
Mais algoz dos truques a qual usas
Vinho, janela, cortinas ao vento
Que as paredes deste castelo ostentam tais tochas
Que não clareiam o soturno ambiente dos pensamentos
Esbarrando feito encantados dragões nas místicas rochas
Que oriundos dos dizeres nas távolas
Incomodam-me o subconsciente tais trocas
Que transcendo o universo em projeções impossíveis!
Se do cálice das mais profundas questões
Derramassem-se ao menos gotas tímidas de respostas
Tais amenizariam o peso das dúvidas em minhas costas...