Desesperando

Sorriso falso na lágrima tardia

Pranto de alegria cria a fantasia

Na poesia que sangra a vil angra

Sem aquietar ao matar o rosto migra.

Nas asas da criação uma moça linda

Nos umbrais observo o bem na berlinda

Olhos rubros por chorar a noite inteira

No estro de letras a lassa primeira.

Ventos do norte trazem má sorte

Na morte o recorte no livro sozinho

Assim o cansaço ultrapassa o corte.

Em todas as marés o ancestral navio

Num barco sem nome o porto tardio

Voltando aos suicídios da vida o ninho.

Obs. Dedicado as protitutas que ajudaram Rimbaud dando-lhe abrigo e comida nas suas andanças pela velha Europa.

HERR DOKTOR
Enviado por HERR DOKTOR em 07/01/2012
Reeditado em 07/01/2012
Código do texto: T3427897
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