Desesperando
Sorriso falso na lágrima tardia
Pranto de alegria cria a fantasia
Na poesia que sangra a vil angra
Sem aquietar ao matar o rosto migra.
Nas asas da criação uma moça linda
Nos umbrais observo o bem na berlinda
Olhos rubros por chorar a noite inteira
No estro de letras a lassa primeira.
Ventos do norte trazem má sorte
Na morte o recorte no livro sozinho
Assim o cansaço ultrapassa o corte.
Em todas as marés o ancestral navio
Num barco sem nome o porto tardio
Voltando aos suicídios da vida o ninho.
Obs. Dedicado as protitutas que ajudaram Rimbaud dando-lhe abrigo e comida nas suas andanças pela velha Europa.