Lamento pantaneiro
Edir Pina de Barros
Quisera olhar os campos verdejantes
como se eu fosse um jovem boi faminto,
sem ruminar a dor que dentro sinto,
por um minuto apenas, uns instantes.
E ter a calma e a paz dos ruminantes,
a força que provém do puro instinto,
sem prisão em curral, qualquer recinto,
sem cangas ou viseiras aviltantes .
Nos vicejantes campos, pantanais,
quisera, sim, pastar, liberta e leve
como se eu fosse mesmo um boi tucura.
Quisera ter, também, no olhar ternura,
sentir imensa paz, mesmo que breve,
mas eu rumino, dentro em mim, meus ais.
Brasília, 07 de Janeiro de 2012.
Livro: Poesia das Águas, pg. 41
Edir Pina de Barros
Quisera olhar os campos verdejantes
como se eu fosse um jovem boi faminto,
sem ruminar a dor que dentro sinto,
por um minuto apenas, uns instantes.
E ter a calma e a paz dos ruminantes,
a força que provém do puro instinto,
sem prisão em curral, qualquer recinto,
sem cangas ou viseiras aviltantes .
Nos vicejantes campos, pantanais,
quisera, sim, pastar, liberta e leve
como se eu fosse mesmo um boi tucura.
Quisera ter, também, no olhar ternura,
sentir imensa paz, mesmo que breve,
mas eu rumino, dentro em mim, meus ais.
Brasília, 07 de Janeiro de 2012.
Livro: Poesia das Águas, pg. 41