VERSO PERDIDO

Perdeu-se um verso clarividente,

vivido, conquanto real.

Saiu teleguiado, de presente,

ao destino certo, a usuária final.

Rejeitado, voou sibilante

como um bólido nos contornos

do éter amplo. Ao som clamante

das galáxias, parou ante seus adornos.

Não era verso de abaixar a cabeça.

Adentrado numa roupagem celeste,

mirou-se nas faces reluzentes do Criador.

Ascendeu numa nuvem espessa

e deixou-se ficar pelo amor de uma estrela.

Era mais que verso. Apoteose de amor.

JOSE ALBERTO LEANDRO DOS SANTOS
Enviado por JOSE ALBERTO LEANDRO DOS SANTOS em 06/01/2012
Reeditado em 11/02/2016
Código do texto: T3426130
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