AMPARO


Tem horas que parece um pesadelo,
Uma enxurrada vem de sofrimento,
E uma nuvem barra todo intento,
E o sol – fica uma ânsia de querê-lo...



E tenta emaranhar-se do novelo,
De luta, de problema um momento,
Mas tudo em vão, porém. – É tudo vento –,
 Que desespero para resolvê-lo...


Então, entre lamentos e murmúrios,
E entre choros pétreos – purpúreos –,
Rejeita-se o cálice amaro...



Mas basta um olhar ao céu infindo,
Para sentir que um bálsamo vem vindo,
Para curar feridas – ser amparo...



20/09/2011
Gonçalves Reis
Enviado por Gonçalves Reis em 06/01/2012
Código do texto: T3426069
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