SONETO DE ANO NOVO (2)

Entre tantos tropeços e percalços,
Pelos quais passei o ano que finda,
Fico a imaginar o que virá ainda,
Por onde pisarão meus pés descalços.
 
E ao pensar nisso, só de imaginar,
Passo a desafiar a própria sorte,
Encaro tudo -  menos a morte,
Inda tenho muita lenha prá queimar.
 
E assim, começo o ano a fazer pose,
Como quem veio ao mundo a passeio,
Só para admirar sua beleza.
 
Que venha então o ano dois mil e doze,
Pois de sofrer não tenho mais receio,
E ser feliz é minha única certeza.
 
 
By Angela Ramalho
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