"COTIDIANO NO REINO ANIMAL"
O silêncio é quebrado... Tudo se transformou.
Um misterioso reboliço envolveu a mata fechada.
Agora, naquela mata, a confusão nela se formou.
Algo perigosamente acontecia entre árvores agrupadas.
O sol surge, e com seus raios tenta, em vão, olhar.
A mata se condensa, vergando seus galhos mais e mais.
A confusão é geral: plumas voando, e urros a escutar...
O vento açoitou os galhos... Abriu-os... Tarde demais.
Testemunha não havia, o destino não permitiu.
Quem ali esteve, por medo, desesperado fugiu.
Não pôde explicar, porque nada assistiu.
Numa cena final, via-se sem contestação,
As probabilidades estavam ali ao chão:
Sangue e ossos espalhados... deitado, um inocente leão...
(ARO. 1976)