"COTIDIANO NO REINO ANIMAL"

O silêncio é quebrado... Tudo se transformou.

Um misterioso reboliço envolveu a mata fechada.

Agora, naquela mata, a confusão nela se formou.

Algo perigosamente acontecia entre árvores agrupadas.

O sol surge, e com seus raios tenta, em vão, olhar.

A mata se condensa, vergando seus galhos mais e mais.

A confusão é geral: plumas voando, e urros a escutar...

O vento açoitou os galhos... Abriu-os... Tarde demais.

Testemunha não havia, o destino não permitiu.

Quem ali esteve, por medo, desesperado fugiu.

Não pôde explicar, porque nada assistiu.

Numa cena final, via-se sem contestação,

As probabilidades estavam ali ao chão:

Sangue e ossos espalhados... deitado, um inocente leão...

(ARO. 1976)

Profaro
Enviado por Profaro em 05/01/2012
Reeditado em 05/01/2012
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