"REMORSO"
Ó glorioso céu, venha sobre minh’alma
Em castigo ao meu corpo, inseguro,
Talvez por não ser ainda tão maduro,
Mas que me consome o que me resta de calma.
Ó horizonte, por que fugiste justo naquela hora?
Trazendo-me um clima de condições,
Dando-me toda liberdade de sensações
Que nem tudo se me trairia... E agora?!
Fujam-me instintos maldosos.
Que a ira dos grandes ventos te soprem
Profundezas adentro, sem serem piedosos.
Ó clamarias, redundância interior,
Venham à tona, a que me mostrem
Que, arrependido, eu viverei em amor!...
(ARO. 1976)