"REMORSO"

Ó glorioso céu, venha sobre minh’alma

Em castigo ao meu corpo, inseguro,

Talvez por não ser ainda tão maduro,

Mas que me consome o que me resta de calma.

Ó horizonte, por que fugiste justo naquela hora?

Trazendo-me um clima de condições,

Dando-me toda liberdade de sensações

Que nem tudo se me trairia... E agora?!

Fujam-me instintos maldosos.

Que a ira dos grandes ventos te soprem

Profundezas adentro, sem serem piedosos.

Ó clamarias, redundância interior,

Venham à tona, a que me mostrem

Que, arrependido, eu viverei em amor!...

(ARO. 1976)

Profaro
Enviado por Profaro em 05/01/2012
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