SONETO DA EXTRAÇÃO
Não desistirei de você minha terra
É como se esquecer de mim
É amanhecer em fria e algemada guerra
Meu coração se despedaça pela traça do fim
A última taça no beijo enganoso
Fez-me provar do vinho risonho
Quando sorvia teu gozo
O gosto da morte era a peçonha do sonho
Qual verme rasteja
Sem eira nem beira na furtiva areia em vão
Ao santo com água benta pedia tua mão na igreja
Eis que agora provo do azedume
O cianureto cíclopico corre nas minhas veias... Arrebenta
Por dentro te extraio de mim agora tudo é negrume