PRIMEIRO DE JANEIRO
PRIMEIRO DE JANEIRO
O pipocar pirotécnico silencia.
É silêncio, a brasa se extingue na lareira;
com triste pio a coruja na cumeeira
a chegada de uma nova aurora anuncia.
Luas do ano velho no clarão derradeiro
Vagem ciumosas no seu hangar, de vigia.
Se a silenciosa noite, a medo, se arredia,
as aves proclamam o início de janeiro.
E esses pássaros, na fanfarra de um novo ano,
saúdam mares, os céus e o reinado do astro,
afugentando o presságio mau e o desengano.
Que seja continuação do antigo rastro;
que seja, embora, a túnica do mesmo pano,
a esperança sempre induz a um novo cadastro.
Afonso Martini - 030112
PRIMEIRO DE JANEIRO
O pipocar pirotécnico silencia.
É silêncio, a brasa se extingue na lareira;
com triste pio a coruja na cumeeira
a chegada de uma nova aurora anuncia.
Luas do ano velho no clarão derradeiro
Vagem ciumosas no seu hangar, de vigia.
Se a silenciosa noite, a medo, se arredia,
as aves proclamam o início de janeiro.
E esses pássaros, na fanfarra de um novo ano,
saúdam mares, os céus e o reinado do astro,
afugentando o presságio mau e o desengano.
Que seja continuação do antigo rastro;
que seja, embora, a túnica do mesmo pano,
a esperança sempre induz a um novo cadastro.
Afonso Martini - 030112