MINHA ÁRVORE
Sentada a beira do caminho me espias,
Chego assim de mansinho, tu a me sombrear,
Teu cheiro frio agora me traz alegrias,
A calar nossas tristezas pra não chorar.
Dó de nós dois, mas sem ter sentimentos,
Pois, entre amarguras somos verdadeiros,
É das raízes até seus comprimentos,
Que abraça-me no sono dos guerreiros.
Tuas nobres frutas é-me sobrevivência,
Mas, antes que a vida na terra me tolha,
Misturada a ira com toda a ganância...,
...Que muito aqui nos deixa sem escolha;
Eu e tu nos protegemos com relutância!
Eu em minha alma e tu ao cair a última folha!