MINHA ÁRVORE

Sentada a beira do caminho me espias,

Chego assim de mansinho, tu a me sombrear,

Teu cheiro frio agora me traz alegrias,

A calar nossas tristezas pra não chorar.

Dó de nós dois, mas sem ter sentimentos,

Pois, entre amarguras somos verdadeiros,

É das raízes até seus comprimentos,

Que abraça-me no sono dos guerreiros.

Tuas nobres frutas é-me sobrevivência,

Mas, antes que a vida na terra me tolha,

Misturada a ira com toda a ganância...,

...Que muito aqui nos deixa sem escolha;

Eu e tu nos protegemos com relutância!

Eu em minha alma e tu ao cair a última folha!

Setedados
Enviado por Setedados em 04/01/2012
Reeditado em 04/01/2012
Código do texto: T3421331
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