CAÍ NA TUA REDE
É doce como água de rio
Seu sorriso é meu barquinho de papel
Nele deslizo mansinho buscando a iara no cio
Deveras ser meu pedacinho do céu
Instalo minha rede sob o dorso do leito
E logo vem a sereia arfando contrita
Aperto a tarrafa de jeito
É ventura que o coração excita
Uma sinfonia de alegria selvagem
Borbulhas de pele eriçada
São flores brotando da oscilante folhagem
Teu olhar fatal e certeiro
Quando se abrem pululam
Acertando a gente qual Ondina em cheio