CAÍ NA TUA REDE

É doce como água de rio

Seu sorriso é meu barquinho de papel

Nele deslizo mansinho buscando a iara no cio

Deveras ser meu pedacinho do céu

Instalo minha rede sob o dorso do leito

E logo vem a sereia arfando contrita

Aperto a tarrafa de jeito

É ventura que o coração excita

Uma sinfonia de alegria selvagem

Borbulhas de pele eriçada

São flores brotando da oscilante folhagem

Teu olhar fatal e certeiro

Quando se abrem pululam

Acertando a gente qual Ondina em cheio

Jasper Carvalho
Enviado por Jasper Carvalho em 04/01/2012
Código do texto: T3421227
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