= O POETA E O MORCEGO =

" O POETA E O MORCEGO "

( Aos jovens talentosos poetas Maurilo Rezende

Renan Tempest e Guilherme Follmann, com carinho.)

Já é madrugada quando o verso voa,

Abre meu peito pra alcançar largura,

Ruflando as asas a espelhar doçura,

Semeia rimas do meu EU atoa...

E pelos ares um zunir ecoa,

Tal qual o morcego que o espaço fura

Faz da cegueira que o “sonar” segura,

Semeadura sobre a terra boa...

Poeta e morcego se assemelham,

Com seus hábitos noturnos se espelham

No crepúsculo das luzes eternas...

Mesmo cego, mas com instinto raro,

Aguçado pelo poder do faro,

Sai em bando da boca das cavernas!...

Niterói, em 28.12.2011

Ronaldo Trigueiros Lima

RONALDO TRIGUEIROS LIMA
Enviado por RONALDO TRIGUEIROS LIMA em 04/01/2012
Reeditado em 03/03/2012
Código do texto: T3421123
Classificação de conteúdo: seguro