= O POETA E O MORCEGO =
" O POETA E O MORCEGO "
( Aos jovens talentosos poetas Maurilo Rezende
Renan Tempest e Guilherme Follmann, com carinho.)
Já é madrugada quando o verso voa,
Abre meu peito pra alcançar largura,
Ruflando as asas a espelhar doçura,
Semeia rimas do meu EU atoa...
E pelos ares um zunir ecoa,
Tal qual o morcego que o espaço fura
Faz da cegueira que o “sonar” segura,
Semeadura sobre a terra boa...
Poeta e morcego se assemelham,
Com seus hábitos noturnos se espelham
No crepúsculo das luzes eternas...
Mesmo cego, mas com instinto raro,
Aguçado pelo poder do faro,
Sai em bando da boca das cavernas!...
Niterói, em 28.12.2011
Ronaldo Trigueiros Lima