Encontros
Ah! formidável hecatombe dos encontros!
Elementos distantes, que um dia unem-se,
E por terem estado toda vida rotos,
Explodem, magnos, rútilos, quando fundem-se.
E ao avistarem-se, desta magia absortos,
Que importa?, que os eixos astrais mudem-se?
Que o cosmo, e os astros, do céu anulem-se?
Que todos os ideais já ditos sejam depostos?
O que vê-se desta junção, é espetáculo
E tudo mais torna-se um saber obstáculo,
que emperra o pouco tempo que se tem.
Pois não há por toda ciência uma chance,
Mesmo dizeres ou cálculo que alcance,
A graça de se estar vivo quando o amor vem!