Encontros

Ah! formidável hecatombe dos encontros!

Elementos distantes, que um dia unem-se,

E por terem estado toda vida rotos,

Explodem, magnos, rútilos, quando fundem-se.

E ao avistarem-se, desta magia absortos,

Que importa?, que os eixos astrais mudem-se?

Que o cosmo, e os astros, do céu anulem-se?

Que todos os ideais já ditos sejam depostos?

O que vê-se desta junção, é espetáculo

E tudo mais torna-se um saber obstáculo,

que emperra o pouco tempo que se tem.

Pois não há por toda ciência uma chance,

Mesmo dizeres ou cálculo que alcance,

A graça de se estar vivo quando o amor vem!

Wellington Berdusco
Enviado por Wellington Berdusco em 02/01/2012
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