Tolo
Um homem contempla à escuridão
Estrelas brilhantes no firmamento
Aliciado e pasmo de contentamento
Em meio às trevas do ser, e da razão.
Quão insignificante, anódina existência
Um tolo do universo, espectro de vida
Limitado na dor, e de vontade oprimida
Sem defesa, a esmo, pífia sobrevivência.
Todo o seu ser, tão ínfimo, tão fútil
Suscitando o desejo da busca inútil
Ante o abismo e o cosmo, do nada.
O mistério de tudo, na razão descabida
Suspira o inepto, de consciência vencida
E silencia-se no íntimo, sua alma velada.