Acarajé Quente
Jorge Linhaça
 
Quando a pimenta me arde na bunda
Logo me lembro do acarajé
Lá da barraca da Nega Raimunda
Bem bem pertinho da Praça da Sé
 
Quando a quentura do bolo abunda
É a pimenta botada com fé
Pela garganta ela logo afunda
Só quem provou é que sabe o que é
 
É como a lava saida do inferno
Carbonizando tudo que tocar
De uma forma constante inclemente
 
Não nos perdoa nem mesmo no inverno
Preste atenção quando lhe perguntar
E nunca escolha Acarajé quente