O ESCRITOR
Tua venturosa arte de escrever é sina,
A todos e tudo, a sua mente combater;
Como a elegância da ave de rapina,
Que vai num mergulho a vitima abater.
Corta e é cortado, amado e amaldiçoado,
Dos viventes esganiça a pena com dores;
Morto e sepultado, vivo e ressuscitado,
Com pena ainda na saudade dos amores.
Fez de si um nada com vidas depravadas;
E nem era verdade..., pois foi emprestado!
Detém segredos de outrem a unhas cravadas.
Descasca vossos sentimentos ao teu lado,
Purgando e..., revivendo em almas levadas...,
O amargo na ternura só a ele é revelado!