Escuro
As luzes acesas na sala, não indicam paz.
As claras madrugadas cheias de velas natalinas... nada são.
As árvores dentro de casas abastadas...
Não descortinam nada às vizinhanças sofridas.
As marcas do tênue calabouço emolduram os rostos...
Desvanecidos pelos poucos anos transmutados em dezenas.
Seus olhos e gestos estão ricos em descontentamento.
Não há vislumbre nem acalanto luminoso...
Há marcas intrínsecas de vida sem fé: mediocre.
Pois toda fé que ali existe é apena vã.
Vem da desconstrução de um tempo...cheio de falsos profetas..
De um tempo que passou todo...
e hoje o que sobrou foram cinco filhos e o Bolsa família...
Que engana, mata e vitupera qualquer LUZ.