ADEUS, AMIGUINHA...
ADEUS, AMIGUINHA...
Lembro-te pequena, brincavas no terreiro,
Linguiça de patas, miúda, inteligente;
Perninhas curtas; corpo alongado, entrementes,
Brincalhona, esperta, vivaz e galhofeira.
No alto dos seus catorze anos, sempre presente,
Mordiscando sapatos, corria faceira.
Não aturava pardais; não era meeira,
Partilhando, no entanto, a tigela, contente.
A amiguinha de estima, de só bons fluídos,
Morreu hoje – a Leia – e foi-lhe dado sepultura.
Corações tristes cantaram réquiem – doídos.
Em vida era a mansidão – uma formosura,
Latindo, declamava poemas não lidos.
Leia, à tua pura alminha, nossa ternura.
Afonso Martini - 010112
ADEUS, AMIGUINHA...
Lembro-te pequena, brincavas no terreiro,
Linguiça de patas, miúda, inteligente;
Perninhas curtas; corpo alongado, entrementes,
Brincalhona, esperta, vivaz e galhofeira.
No alto dos seus catorze anos, sempre presente,
Mordiscando sapatos, corria faceira.
Não aturava pardais; não era meeira,
Partilhando, no entanto, a tigela, contente.
A amiguinha de estima, de só bons fluídos,
Morreu hoje – a Leia – e foi-lhe dado sepultura.
Corações tristes cantaram réquiem – doídos.
Em vida era a mansidão – uma formosura,
Latindo, declamava poemas não lidos.
Leia, à tua pura alminha, nossa ternura.
Afonso Martini - 010112