PAZ INFINDÁVEL
Acolhida pela madrugada
Envolvida pelo véu da tristeza
Sou uma flor murcha, sem beleza
Vítima d'uma latente dor fincada
Escuridão dá luz a minha vida
Claridade, só da lua ao sair
Na noite ponho-me a existir
Num cemitério! Única guarida
E, sentada num lindo jazigo
Com a caneta e papel na mão
Redijo versos sem fascinação
Anseio pelo fim deste castigo
Vem a morte! Faz-se tão amável
Só nela existe a paz infindável