Figuração...
No meu eterno aterro, vejo a mortalha despida...
E na imensa despedida que não cessa de acabar, me acabo.
Passo lento fulgurante, cheio de tom e cor...
Fito a moça recatada, véu negro escondendo a dor...
À beira do lago, um cisne negro é insolente, geme.
E minha alma sôfrega se acalenta no ritmo de bilhões...
Meu eterno jargão é Viver! e Viver!
Minha pausa insolente é te amar....
E o teu corpo jaz tão perene, na eterna morte.
Ele habitará breve sete palmos de amargor...
Porém o amor é sempre bem vindo, mesmo post-mortem...
Post-mortem, é a eloquência final...real de cada um...
Eu, você e a mulher que se foi e partiu na euforia (Ano-novo)
Naqule trinta e um de dezembro à meia-noite, na esquina...