Decassilábios

Em decassílabos, ora são ditos

Não vou falar mais nada sobre isto.

A contar os espaços não me arrisco

Eu e meus sedentos versos sabidos.

Poesia real é acordar,

Ver teu poema dia se escrever

Despertar teus olhos e me azular.

Tecido ocular que rima você

Na inconstância de cores do céu.

Metrificar teus atrasos não raros,

Mas sempre pontuais na minha hora

Quando cai teu cabelo carretel

Me afogando nos sons dos teus disparos.

Decassilábios me buscam agora...

Paulo Fernando Pinheiro
Enviado por Paulo Fernando Pinheiro em 30/12/2011
Reeditado em 31/12/2011
Código do texto: T3414377
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