Reverso...
(O Poeta e a Glória)
Se que eu for demais. Ao mundo,
Em que eu murmuro e canto,
Se que for de voz altiva, e profundo,
D’alma leve em que me acalanto,
Dir-se-eis: e vencido o verso meu!
— Outrora ouvir que não fosse nada,
Um bendito, de luz que se apaga,
Um anjo, sem se quer voar morreu.
E que, de humana voz que canta,
Que endoidece e que encanta...
— E nada; se for de orgulho e riso,
Pois, que tudo é tão igual a tudo,
E nasce, e ama, e à terra fica mudo,
E a Deus repousa ao mesmo juízo!
(Poeta Dolandmay)
(O Poeta e a Glória)
Se que eu for demais. Ao mundo,
Em que eu murmuro e canto,
Se que for de voz altiva, e profundo,
D’alma leve em que me acalanto,
Dir-se-eis: e vencido o verso meu!
— Outrora ouvir que não fosse nada,
Um bendito, de luz que se apaga,
Um anjo, sem se quer voar morreu.
E que, de humana voz que canta,
Que endoidece e que encanta...
— E nada; se for de orgulho e riso,
Pois, que tudo é tão igual a tudo,
E nasce, e ama, e à terra fica mudo,
E a Deus repousa ao mesmo juízo!
(Poeta Dolandmay)