QUADRA DO ESMO

Deixo a sala vazia,

Com a sensação de quem volta,

De uma guerra tão fria,

Com a alma já morta.

Tal a de um beijo roubado,

De boca arredia,

Com os lábios travados,

Demonstrando agonia.

Um presente de grego,

Em uma Tróia sombria,

Galope de medo,

Efêmera conquista.

Qual um pequeno brinquedo,

De uma criança esquecida,

Jogado de lado, a esmo,

Para, talvez, brincar outro dia.

Inaldo Santos
Enviado por Inaldo Santos em 27/12/2011
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