SEM DESPEDIDAS
Prá sempre se foi meu último alento,
A derradeira e sonhada esperança!
Saiu montada no corcel do vento,
Por estradas que só meu sonho alcança!
Foi-se! Ficou meu amor ao relento
No orvalho da madrugada que avança!
Partiu ! meu coração já bate lento,
Neste compasso em que a saudade dança!
Resta-me a sombra da paixão imensa,
Que dentro d!alma é lânguida presença
A reviver os sonhos de outras vidas!
Por isso, se em quimeras eu gravito,
É porque sei que depois do infinito
Não existem, para as almas, despedidas!
2007