MELANCOLIA
Mas onde o Papai Noel os terá escondido?
Procuram seus presentes os filhos meninos.
Todos os cantos varridos com pente fino.
Um corre-core, indaga-indaga desabrido.
Isso foi no tempo em que não era inquilino
o sentimento saudade, tão aguerrido
(amargurando lembranças de anos vividos,)
do lado esquerdo do meu peito, por arrimo.
Viajaram, já, mãe e filhos, sem bagagem.
Deixaram-me por legado triste lembrança,
tatuada em minh’alma com sua viagem.
Hoje sou velho; a mesa da ceia vazia.
Onde a felicidade? Cadê a esperança?
Em seu lugar só me resta a melancolia.
241211 Afonso Martini
Mas onde o Papai Noel os terá escondido?
Procuram seus presentes os filhos meninos.
Todos os cantos varridos com pente fino.
Um corre-core, indaga-indaga desabrido.
Isso foi no tempo em que não era inquilino
o sentimento saudade, tão aguerrido
(amargurando lembranças de anos vividos,)
do lado esquerdo do meu peito, por arrimo.
Viajaram, já, mãe e filhos, sem bagagem.
Deixaram-me por legado triste lembrança,
tatuada em minh’alma com sua viagem.
Hoje sou velho; a mesa da ceia vazia.
Onde a felicidade? Cadê a esperança?
Em seu lugar só me resta a melancolia.
241211 Afonso Martini