Rendição
Triste e cinzenta e pálida da sorte,
A Noite tocou-me muito ao de leve,
Com um beijo seco, distante e breve,
Roubado ao desencanto por ser forte!
E a manhã que s´atrasa em despertar,
Que s´atreve a estar de mim ausente,
E me deixa só... exausta... demente...
Como um cisne à morte no seu cantar!
O que faço... o que farei então...
Quando a Noite chegar abruptamente,
Fazendo dum abraço a rendição!?
Gritarei ou sufocarei a dor?
Clamarei pela Luz do Sol nascente...
Ou perco-me somente em seu amor?