"DESDENHA-SE, MAS NÃO A LARGA"
Pobre e velha Terra de quem nem se sabe a idade!
Nem de perto os mais sábios conseguirão desvendar
O quanto já se passou e o quanto nela vai pisar,
Tamanho distanciamento entre o início e a atualidade.
Quisera eu - creio até que o mundo inteiro no momento-
Ter acumulado o que existe de mínimo permitido
Dos teus registros nesse espaço de tempo conseguidos
E por troca, poder amenizar uma gota do teu esquecimento.
De ti se surgem as condições próprias e fundamentais
A que se dê continuidade de tudo que te acompanha,
E nada tu exiges, pelo contrário, ainda apanhas.
Esse é o agradecimento humano, que pensa ser racional,
E que apenas se comporta como verdadeiro animal,
Enquanto tu ainda o acolhes, ele só te barganha...
(ARO. 1995)