"DESDENHA-SE, MAS NÃO A LARGA"

Pobre e velha Terra de quem nem se sabe a idade!

Nem de perto os mais sábios conseguirão desvendar

O quanto já se passou e o quanto nela vai pisar,

Tamanho distanciamento entre o início e a atualidade.

Quisera eu - creio até que o mundo inteiro no momento-

Ter acumulado o que existe de mínimo permitido

Dos teus registros nesse espaço de tempo conseguidos

E por troca, poder amenizar uma gota do teu esquecimento.

De ti se surgem as condições próprias e fundamentais

A que se dê continuidade de tudo que te acompanha,

E nada tu exiges, pelo contrário, ainda apanhas.

Esse é o agradecimento humano, que pensa ser racional,

E que apenas se comporta como verdadeiro animal,

Enquanto tu ainda o acolhes, ele só te barganha...

(ARO. 1995)

Profaro
Enviado por Profaro em 22/12/2011
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