COISAS SIMPLES
Contemplo em ti as simplicidades que trazes,
Essas que te brotam sem culpa ou preconceito,
Tão libertas saltam nos gestos que tu fazes
E restabelecem a plenitude em meu peito.
Quando olho para ti abres frouxos sorrisos,
Preciso-os para soltar os meus retidos
Há tempos atravancados e indecisos
Pelos falsos lacres de amores comedidos.
Que não sejam somente por algum momento,
Ou porque de ti saem por mera natureza,
Mas que para mim venham por contentamento.
Possa eu transformar teus risos em ternura
E tão simples os faça e com tal nobreza
Para que sorris quando nada mais perdura.
Vilmar Daufenbach