ARREPENDIMENTO

Eu que sou um reles vagamundo

De porta em porta mendigando um pão,

Um trocadinho ou qualquer quinhão,

Hoje não passo de um gemebundo.

Já tive amigos neste vasto mundo,

Rodopiei em bailes de salão,

Minha dormida agora é no chão,

Sob marquises do vil submundo.

Damas da noite... jogos de azar...

Atualmente me fazem chorar

Por ter perdido a mulher amada.

Por isso o meu destino traiçoeiro,

Cultivado por mim no enxurdeiro,

Não cessa de lanhar com chicotada...

Ambrósio Henrique
Enviado por Ambrósio Henrique em 21/12/2011
Reeditado em 28/01/2012
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