Soneto em Cores
a Arthur Rimbaud
Cores de ácidos tidos esquecidos lidos
No azul mortal um rubro espantar
Cheias mãos de amarelo a empalhar
O verde da morte na vida os escolhidos.
Rimbaud do vermelho sangue mortal
Estadia infernal do moço o olhar azul
Pedras brancas na calçada de Cabul
Pêlos e fluídos escuros da imortal.
Idas e vindas ao inferno da poesia
Poeta errante da distante epopeia
Olhares perdidos da Europa linda.
Sangue e gostos profanos da finda
Poesia de Rimbaud uma europeia
Letras negras da miséria Quitéria.