ALGODÃO AMARGO (OU AZEDO?)
Brancas e macias lembranças, distantes...
Somente por hoje quero revivê-las,
Recordar o Amor que falava em estrelas
E entre alguns relâmpagos fez dois amantes.
Reviver, sozinho, o mesmo tempo de antes,
Há dois anos, noites como essas, tão belas,
Sob essas chuvinhas, luzes amarelas;
Despedidas, cada vez mais angustiantes...
Percebo e confesso que foi muito pouco,
Vinte e quatro meses — Eu não fiquei louco...
Por Deus, nunca achei que estivesse sozinho...
Passou como um raio o tempo da paixão,
Embora eu sonhasse, com esse algodão,
Ir juncando o chão do nosso bom caminho...