Soneto à prova d’água

 

Negras nuvens ameaçam a luz,

Que fez morada no vale do sol.

Água limpa seja bem-vinda em prol,

Da fartura, que o vale ora produz!

 

Chuva e sol a derramar sobre nós,

Luz e breu, que jorram o leite e o mel,

A cobrir nosso vale com o véu

De prazer e pranto a calar a voz!

 

Nossas lágrimas não caem em vão

Em nosso imenso vale de lazer,

Pois que a fartura não se reduz

 

A produzir unicamente o grão...

Faz brotar no íntimo de todo ser

Flor de paz que à vida de amor conduz!


Imagem: foto do Ponto Cósmico, a parte que me cabe nesse latifúndio.


2012 repleto de sol e chuva na Terra e nos corações.