Soneto de Um Casto
Tenho que achar-te, se não me consome
Em chamas, o ardor da mia cruel paixão
A golfar em branco, e a fartar nas mãos
Sem ti, querida, só me exacerba a fome.
Em todo o meu sonho, te vejo e te sinto
E o teu corpo nu, à vontade, me prende
Submisso, o fogo, em meu corpo acende
Mas aqui, vou ficando, casto e faminto.
Não vejo o momento, de estar ao teu lado
Cobrir-te de beijos, e envolver-te no afago
E viver todo o amor, dessa alma incontida.
Espero que saibas o quanto, por ti, chamo
Em silêncio, no meu peito, a gritar te amo
Haverei de te encontrar, ó minha querida.