EFÍGIE

No espelho vejo o semblante caído

Distante da efígie nítida esplendorosa

Reflete a imagem do pagão sofrido

Que oferta no altar sagrado, rosa

A face singela, gélida, empalidecida

Emoldurada diante do reflexo impreciso

Tem feição de uma moça agradecida

Contemplação elusiva com gesto indeciso

Austero tempo enclausurou a formosura

Dos traços ingênuos esboçados a mão

O rosto belo, amável, feito pintura

Almeja, vida, cores, beleza, fantasia

Anunciados no corpo e no rosto são

Renascer o ardor, a paixão em demasia

16/12/2011

Keu Seixas

5° soneto

Keu Seixas
Enviado por Keu Seixas em 16/12/2011
Reeditado em 17/12/2011
Código do texto: T3392849
Copyright © 2011. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.