Reflexões Caladas
Olho as paredes – mórbidas – Sangrando...
Enterram-me num sonho Sufocado.
Quero viver minha ilusão calado,
Mas é preciso estar sempre mudando...
Deixando sensações, vou caminhando...
De sonhos inúteis estou cansado.
Tenho que volver este meu passado...
Apagar Lembranças que fui guardando.
Chorando, deixo uma vida enterrada.
Na parede, a mão ensanguentada
Estampa toda a tristeza sentida.
Mas de que vale a labuta, a lida?
De que vale o choro? A noite perdida?
É preciso a lágrima derramada?