Lago do Javary, Miguel Pereira, RJ
(foto da autora)
DERRADEIRA CAVALGADA
Virá um belo dia e meu sol s’esconderá
No horizonte… E longe irá adormecer,
Como gaivota cansada, lançar-se-à,
E no abraço do mar quererá morrer…
Como ágil cavalo correrá, à noite,
Lezíria aberta, sem trela, só ele e a lua,
Vento nas crinas, sem sul e sem norte,
Derradeira cavalgada, perpétua…
Quando dos meus olhos a luz se extinguir
Como a etérea luz ao fim de cada dia…
Que eu seja sábia p’ra poder entender
Que será o meu momento de partir.
Que eu possa ir a esse encontro c’o alegria
...Tudo que recebi saiba agradecer...
Ouvindo: Zélia Duncan «Jura secreta»
Ana Flor do Lácio
16/12/2011