Insônia
Perdida no infinito da hora noturna
Rezo uma prece, um rosário, um terço
Esperando o amanhecer me perco
Recolhida no vazio de uma furna
Meu corpo fatigado não descansa
Vegetando na escuridão fratricida
Liberto a lágrima incontida
Pranto enternecido que cansa
Teci uma novena com amargura
Assombrosa insônia interminável
Olhos mendigos de acalanto
O leito frio, álgido, acomodável
A treva deita com seu manto
E dá lugar o sol com sua alvura
15/12/2011