SUBLIME VISÃO
Quão mimosa pérola viva, desnuda,
Que se veste da tênue luz da lua;
do doce lusco-fusco o abre alas, arrua,
divo esplendor – a natureza está muda.
beija estrelas o mamilo, se insinua;
diáfano é o véu, sobre aréola rósea,
veste-se de arte, como de pedra a ardósia,
gaivotas planam; o divo viso encrua.
falta ar ao poeta; estático seu olhar;
a alma em frenesi inaudito se extasia.
que exuberância! a natureza ao luar.
tão terno seio é real, não fantasia,
exposto, sublime e desnudo ante o mar.
quiçá é a própria lua; é arte e é poesia.
Afonso Martini- 141211
Quão mimosa pérola viva, desnuda,
Que se veste da tênue luz da lua;
do doce lusco-fusco o abre alas, arrua,
divo esplendor – a natureza está muda.
beija estrelas o mamilo, se insinua;
diáfano é o véu, sobre aréola rósea,
veste-se de arte, como de pedra a ardósia,
gaivotas planam; o divo viso encrua.
falta ar ao poeta; estático seu olhar;
a alma em frenesi inaudito se extasia.
que exuberância! a natureza ao luar.
tão terno seio é real, não fantasia,
exposto, sublime e desnudo ante o mar.
quiçá é a própria lua; é arte e é poesia.
Afonso Martini- 141211