ESCOMBROS
Nas mansões em ruínas das ausências
de quem teve um começo afortunado
de felícias, blandícias e inocências...
Nos entulhos, poeiras do passado...
eu ergui minha tela de dolências,
frustrações de um destino mal traçado...
Derramei tinta tóxica de imprudências
no cenário mortiço e acinzentado.
Dilacera a saudade dos primórdios
de melódicos sons em monocórdios...
Sinfonias completas de uma nota...
Ai, que ardência em meu peito merencório!
Nos escombros dos sonhos, meu velório,
o meu próprio final que se denota.