UMA CURTA ETERNIDADE

Não tem mais rosas, predominam os capins,

Da esperança a cor da relva a mostrar o fim,

Não tem estrelas, no meu céu da escuridão,

Eterno tempo ruim, em meus olhos solidão.

Não tem respostas, meus gritos nos confins,

Eco mudo bate a porta, frio vento em mim,

Não tem mais jeito e o tempo corre em vão,

Passam-se horas eu não passo de desilusão.

Há que reflorir minha vida outra leve flora,

Refazendo essa dor que minha seiva explora,

Cicatrizes, rasgos tortos, cortes de saudade.

Há que surgir límpido arco em firmamento,

Brilhos de astros que se mostrem intensos,

Sensação sonhadora de uma curta eternidade.

Inaldo Santos
Enviado por Inaldo Santos em 14/12/2011
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