O ECO DO MEU PRANTO

A tua doce voz já nao me encanta,

É um canto mudo soando ao meu lado

Entoar triste, avindo com o passado

Não me comove mais... nem mais m’espanta !

O que era terna valsa ao meu ouvido

Ressoa triste... um diapasão fadado...

Que ruma à morte, assim, determinado...

Deixando atrás meu coração partido

Seguindo à esmo, assim sem direção,

Adentro à indiferença d’ emocão,

Face ao qu’era antes, um acalanto...

E feneceu qual flor ! Foi-s’a beleza...

Surpreendeu meu peito com a tristeza,

Se fez o eco infindo do meu pranto !

Nov11

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Rose Galvao
Enviado por Rose Galvao em 13/12/2011
Reeditado em 14/12/2011
Código do texto: T3387449