Rastros da sanidade

Existe um rastro de sanidade por trás da poeira

Por trás de meus vagos meios de comunicação

Nem sei mais, nem sei se tenho beira ou eira

Se sou alvo de minha tola sensação ou maldição

Creio ser o meio de um começo, o fim na peneira

Mercurizado em uma bateia tal ouro e redenção

Incrustado na coroa que por uma testa tesa receia

Existiu um rastro de sanidade na névoa, na insolação

Hoje nada mais existe além disso aqui, letra e poema

Nenhuma lenda pela qual valha a pena se bem lutar

A letra por forca principal, a rima por minha algema

E aquela imensidão de água que o luso disse, o mar

Mais uma ilusão em uma tola liberdade, um anátema

Só resta a loucura sábia do letrar, a loucura do ato de amar.

Lord Brainron

lordbyron
Enviado por lordbyron em 13/12/2011
Código do texto: T3386829
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