Rastros da sanidade
Existe um rastro de sanidade por trás da poeira
Por trás de meus vagos meios de comunicação
Nem sei mais, nem sei se tenho beira ou eira
Se sou alvo de minha tola sensação ou maldição
Creio ser o meio de um começo, o fim na peneira
Mercurizado em uma bateia tal ouro e redenção
Incrustado na coroa que por uma testa tesa receia
Existiu um rastro de sanidade na névoa, na insolação
Hoje nada mais existe além disso aqui, letra e poema
Nenhuma lenda pela qual valha a pena se bem lutar
A letra por forca principal, a rima por minha algema
E aquela imensidão de água que o luso disse, o mar
Mais uma ilusão em uma tola liberdade, um anátema
Só resta a loucura sábia do letrar, a loucura do ato de amar.
Lord Brainron