PASSAGEIROS DA VIDA...


Na empreitada do tempo, somos passageiros.
Sem direito a refrigério, ou sentar-se na janela.
Destinados a própria sorte, somos aventureiros.
Atravessar caminhos e estradas com cautela.

Passageiros em busca da única passagem.
Empenhados no trabalho árduo e profundo
Não tem tempo, nem se atentam na viagem.
Seguem um destino, que nunca é o oriundo.

Caminho que viajam a pé, ou outro transporte
Ao chegarem ao destino, sentem-se jubilosos.
Exaustos, pernas fracas... Isto será sorte?

Vida ao tempo, madrasta, dele faz clandestino!
Nessa viagem de ida até à profícua essência.
Uma viagem sem volta, pobre velho franzino!






(Estação de metrô Sé - São Paulo - Horário do rush)