"RETROCESSO SOCIAL"
Vejo uma criança desavisada em relação à família.
Percebe-se de imediato que ela não tem estrutura,
Acomodada se tornou, pois isso lhe assegura
A tranquilidade ao que ela faz em sua trilha.
Vejo o desconforto material em proveito da passagem
De um ser humano que não tem meta a seguir,
Acomodando-se às migalhas e às ninhagens
Dos bancos de jardim quando deseja dormir.
Vejo o descaso humano ao se chegar à velhice,
Incomodando a quem já recebeu deste mundo tudo que tinha,
E agora soçobra em atitudes e mesmices.
Vejo o final dos tempos embora duvidoso,
Incomodando os afoitos, intrigando as “fezinhas”
Pelo retrocesso social paralelo ao progresso majestoso.
(ARO. 1995)